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Avaliação Neuropsicológica

Avaliação Neuropsico

Assim como divido em meus atendimentos e publicações, a avaliação neuropsicológica é muito mais do que um conjunto de testes: é uma ferramenta cuidadosa, personalizada, voltada a compreender o seu modo único de funcionar em termos cognitivos, emocionais e comportamentais. Utilizando instrumentos validados, consigo mapear habilidades como memória, atenção, linguagem, raciocínio, funções executivas e também observar aspectos do humor e da vida social.

Se para crianças e jovens a avaliação pode ser decisiva na detecção precoce de condições como TEA e TDAH, para muitos adultos o processo se torna ainda mais especial quando surge a hipótese de um diagnóstico tardio. É comum encontrar adultos que, ao longo da vida, buscaram respostas para dificuldades cotidianas — nas relações, no trabalho ou no estudo — e que só recentemente ouviram falar da possibilidade de apresentarem transtornos do neurodesenvolvimento ou alterações cognitivas. O olhar atento e a escuta qualificada são essenciais para acolher essa busca e oferecer clareza sobre os próximos passos.

Já na terceira idade, a avaliação neuropsicológica assume papel central, especialmente na suspeita de doenças neurodegenerativas como a Demência de Alzheimer, demência vascular ou o Transtorno Cognitivo Leve (TCL). Identificar o quanto antes possíveis sinais de comprometimento cognitivo faz toda a diferença para o desenvolvimento do plano de cuidado, orientação da família e promoção da melhor qualidade de vida possível. Muitas vezes, alterações na memória, dificuldades de concentração ou mudanças no comportamento podem ser os primeiros sinais de declínio cognitivo em idosos e merecem atenção especializada e acolhimento desde o início. O objetivo não é apenas nomear um diagnóstico, mas também orientar estratégias de estimulação, reabilitação cognitiva e intervenções personalizadas para manter a autonomia e o bem-estar ao máximo.
 
Se cuide, observe-se, observe quem você ama. Acolher nossas dúvidas e buscar respostas é sempre o primeiro passo para viver com mais qualidade e autonomia. Conte comigo nessa jornada!

Transtornos Cognitivos

transtorno cognitivo

Os transtornos cognitivos representam um conjunto de condições que afetam as funções mentais essenciais para a vida diária, como atenção, memória, linguagem, raciocínio, planejamento e tomada de decisões. Quando uma ou mais dessas habilidades estão significativamente comprometidas, podem prejudicar o desempenho acadêmico, profissional, social e a autonomia das pessoas ao longo de toda a vida.

 

Esses transtornos não possuem uma causa única e podem surgir em diferentes fases da vida — desde a infância, com os transtornos do neurodesenvolvimento, até a terceira idade, com as doenças neurodegenerativas. 

TEA - Autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que se caracteriza por desafios significativos na comunicação e interação social e pela presença de padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades. O termo “espectro” indica que há uma ampla variação na forma, intensidade e combinação desses sintomas entre os indivíduos — ou seja, cada pessoa com TEA é única nas suas manifestações e necessidades.

Vale ressaltar que o TEA não é uma doença a ser “curada”, mas uma condição do desenvolvimento humano. O objetivo é promover autonomia, inclusão e qualidade de vida, respeitando as características individuais.

A avaliação neuropsicológica permite um diagnóstico preciso, ajudando a identificar o perfil cognitivo, as forças e os desafios em áreas como atenção, linguagem, memória, funções executivas e habilidades sociais de cada pessoa. Com esses dados, é possível planejar intervenções terapêuticas e educacionais realmente personalizadas, como terapias ocupacional, fonoaudiológica, psicoterapia, entre outras, promovendo assim o desenvolvimento pleno e a autonomia.

tdah

O TDAH é uma condição neurobiológica que se manifesta por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade. Pode impactar significativamente a vida escolar, profissional, social e familiar, desde a infância até a vida adulta.

Esses sintomas não são sinais de “falta de esforço” ou “má vontade”, mas refletem diferenças no funcionamento cerebral, especialmente nos circuitos relacionados à atenção e ao controle dos impulsos.

A avaliação neuropsicológica identifica os padrões cognitivos e comportamentais presentes, diferencia de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, como ansiedade, depressão ou dificuldades de aprendizagem. Além disso, a avaliação detalha quais funções cognitivas (atenção, memória, planejamento, controle inibitório) estão mais afetadas e orienta estratégias de intervenção específicas, seja na escola, no trabalho ou no dia a dia.

Depressão

O transtorno depressivo, popularmente conhecido como depressão, trata-se de uma condição de saúde mental séria e complexa, que afeta o humor, os pensamentos, o comportamento e até a saúde física da pessoa.

Costuma ser persistente, durando semanas, meses ou até anos, comprometendo o funcionamento nas atividades diárias, no trabalho, nos estudos e nas relações sociais. 

 

É fundamental entender que o transtorno depressivo não é sinal de fraqueza ou falta de vontade — é uma doença que precisa de atenção, acolhimento e tratamento adequado, como psicoterapia, medicação e mudanças no estilo de vida. Procurar ajuda profissional, incluindo a possibilidade de uma avaliação neuropsicológica quando indicada, é o primeiro  passo para a recuperação e para retomar a qualidade de vida.

Doenças Neurodegenerativas

Doenças Neurodegenerativas

As doenças neurodegenerativas são condições progressivas que comprometem as funções do sistema nervoso central, causando a perda gradual de neurônios e afetando a cognição, o comportamento, as emoções e a autonomia. Essas doenças impactam não só a pessoa diagnosticada, mas também toda a família, exigindo acompanhamento multidisciplinar para oferecer mais qualidade de vida.

Entre as principais doenças neurodegenerativas destacam-se:

É a forma mais comum de demência, caracterizada pela perda progressiva da memória, dificuldade para realizar tarefas do cotidiano e alterações no pensamento, linguagem e comportamento. Com o avançar da doença, os sintomas tendem a se intensificar, tornando o acompanhamento especializado fundamental.​​

Decorre de danos cerebrais causados por problemas no fluxo sanguíneo, como Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC). Pode provocar declínio cognitivo súbito ou em etapas, afetando atenção, planejamento, raciocínio e, com frequência, também as funções motoras.

Transtorno Cognitivo Leve (TCL)

Representa um estágio intermediário entre o envelhecimento típico e a demência. Pessoas com TCL apresentam leves alterações de memória ou outras funções cognitivas, que ainda não interferem de forma significativa na rotina. Nem todos os casos evoluem para demência, mas o acompanhamento é importante para monitoramento e intervenção precoce.

Doença de Parkinson

Embora seja conhecida principalmente pelos sintomas motores (como tremores e rigidez), a Doença de Parkinson pode trazer comprometimento cognitivo, afetando atenção, memória, planejamento e, em alguns casos, levando a quadros de demência.

 

O diagnóstico preciso dessas condições depende de uma abordagem multidisciplinar, integrando diferentes especialidades da saúde. Profissionais como neuropsicólogos, neurologistas, geriatras e outros atuam conjuntamente, garantindo uma análise completa do caso.

A avaliação neuropsicológica é essencial para identificar e monitorar alterações cognitivas típicas de cada doença, diferenciar sintomas e estágios, além de orientar intervenções. Já os exames clínicos e de imagem (como ressonância magnética e tomografia) são fundamentais para detectar alterações estruturais do cérebro, descartar outras causas e confirmar hipóteses diagnósticas, servindo de base para o planejamento do cuidado.

A soma de todos esses recursos possibilita um diagnóstico mais seguro, direcionando estratégias que promovam autonomia, adaptação do ambiente, orientação familiar e qualidade de vida para a pessoa diagnosticada.

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